Bullying

Bullying



É um assunto muito importante e merece toda a atenção da sociedade.

1) Você sabe o que significa a palavra “bullying”?
Intimidação, agressão verbal e/ou psicológica.
2) E quem tem sofrido?
Crianças e adolescentes. 
3) Quem tem praticado esses atos?
Colegas da mesma idade. 


O apresentador do programa Altas Horas, Serginho Groisman, lançou uma campanha contra o bullying. Desde então tem conversado com pessoas que foram vítimas desta violência. O apresentador também gravou um vídeo sobre o assunto, que é exibido durante a programação da TV Globo. “O primeiro passo é o adolescente falar e ver que não está sozinho. É muito difícil e os jovens se sentem mesmo muito sozinhos”, disse.

A psiquiatra Ana Beatriz Barbosa falou sobre o tema. Ela explicou que o adolescente que pratica o bullying tem chance maior de se tornar um adulto com tendência à violência. “Os agressores crescem e, ao crescer, se tornam os maridos que espancam as mulheres, que brigam no trânsito, então é importante se combater isso ainda na escola. Mas nem toda criança ou adolescente que pratica o bullying é um psicopata. Na verdade, é a minoria. Muitas crianças não têm limites em casa ou agridem porque foram agredidas”, explicou.

Serginho lembrou ainda que muitas pessoas confundem o que é o bullying. “Tem um limite de idade, de convivência. Acontece com pessoas em idade estudantil, que ainda estão em formação de personalidade. E também não escolhe rico ou pobre, uma vez que acontece em escolas públicas e particulares”, ressaltou o apresentador.

Ao final da conversa, a psiquiatra disse que o bullying ocorre quando um pequeno grupo se diverte às custas do sofrimento de outra pessoa. 

Campanha contra o Bullying 


Depoimento de "Felipe" no Altas Horas





Bullying: Como reconhecer agredido e agressor?

Içami Tiba é psiquiatra e educador

Por Içami Tiba

Para o trabalho de prevenção e atendimento ao bullying sugiro quatro frentes:
  • Com as testemunhas: estimular a delação saudável, explicando que o silencioso é conivente e cúmplice do agressor. Garantir proteção e sigilo às testemunhas, que permanecerão no anonimato, aceitando seus telefonemas, e-mails, MSN, bilhetes ou pessoalmente as indicações dos agressores.
  • Com as vítimas, mantendo-as sob vigilância “secreta” sob a atenção de todos os adultos da escola e adolescentes voluntários neste ato de civilidade no combate ao bullying. É perda de tempo esperar que as vítimas venham a reclamar dos seus agressores. É também uma conivência e cumplicidade com o agressor.
  • Com os agressores, é necessário aplicar o princípio das conseqüências que são medidas tomadas pelas autoridades educacionais que favoreçam a educação. O simples castigo não educa. O agressor identificado deve fazer trabalhos comunitários dentro da escola, como auxiliar em algum setor que tenha que atender às necessidades das pessoas. Pode ser numa biblioteca, na cantina da escola, enfermaria ou setor equivalente etc. No lugar de agredir a vítima, ele deverá cuidar dela. Quem queima mendigos deve trabalhar com queimados, fazendo-lhes curativos e não ir simplesmente para a cadeia. Isso deve ser feito durante o recreio ou intervalo, usando o uniforme usual do setor.
  • Integração entre escola e pais, tanto do agressor quanto da vítima: quanto mais se conhece as pessoas, mais elas se envolvem e menos coragem têm para fazer mal umas às outras. Mudanças destes alunos para outras escolas não são indicadas. Todos aprenderão na correção dos erros praticados e não através dos erros cometidos.

Para saber + sobre o texto, ACESSE: