"Avaliar as escolas para quê?"
No artigo publicado na revista Educação, maio/2011, p.78 - 80, Cristiane Machado (doutora em Educação pela USP) revela:
- "... a avaliação dos sistemas educacionais surge como mecanismo para, ao mesmo tempo, aferir a qualidade da educação e orientar o planejamento e a racionalização orçamentária, indicando ao poder público a necessidade e o direcionamento dos investimentos públicos"
- A pesquisadora "com o objetivo analisar como os resultados obtidos com a avaliação das escolas estavam sendo utilizados pelas instâncias responsáveis pela gestão do sistema educacional paulista," investiguou "qual uso as Diretoras de Ensino (compilar "os relatórios e os dados do Saresp das escolas de sua área de abrangência, refletindo a partir dos resultados, possíveis ações com a finalidade de superar as dificuldades detectadas com a avaliação"), instâncias intermediárias ente as escolas e a Secretaria, estavam fazendo dos resultados" do Saresp/2000.
- A educadora analisou as três fases do sistema de avaliação, sendo:
- levantamento de informações,
- compilação e análise,
- utilização dos dados para direcionamento das políticas educacionais
- Deu enfoque principalmente para a 3ª fase, e buscou responder à questão: "avaliar as escolas para quê?"
- É importante ressaltar que "o uso dos dados obtidos com as avaliações de sistemas pode (e deve!) ir muito além da classificação, do ranking."
- "O resultado dos desempenhos escolares provoca uma corrida entre as escolas por melhores resultados e notas, consequentemente uma melhor classificação, pois nenhuma escola quer ficar entre as piores."
- Por fim a Educadora defende "a avaliação de sistemas como um instrumento direcionador das políticas educacionais na ampliação da melhoria da qualidade da educação.... contruida por meio da adoção de propostas e alternativas que visem solucionar as dificuldades percebidas na análise dos resultados obtidos com a avaliação".
- "Avaliar as escolas para quê?" "é afirmar: para temos conhecimento do que é necessário mudar na gestão das políticas educacionais, de modo que a qualidade da educação seja para todos".
- Afinal, segundo Guimarães Rosa, "o real não está na saída nem na chegada, ele se dispõe para a gente é o meio da travessia".
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