Teste da orelhinha
Exame feito na maternidade ajuda a prevenir a surdez no seu bebê 
 
Luana Martins
  
Agora é lei: o exame chamado Emissões Otoacústicas Evocadas,  conhecido como "teste da orelhinha", é obrigatório e gratuito em todos  os hospitais e maternidades, nas crianças nascidas em suas dependências.  O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a lei, que foi  publicada hoje no Diário Oficial. 
De cada mil crianças  que nascem, até três podem vir ao mundo com surdez. 
E este número  aumenta para seis no caso de prematuros. As implicações de uma perda  auditiva na infância são muito graves, já que o próprio aprendizado da  linguagem e da fala fica prejudicado. Quando descobertas há tempo,  muitas perdas auditivas podem ser revertidas ou mesmo curadas sem  nenhuma conseqüência séria para o desenvolvimento do pequeno. “Até os  seis meses de vida, as deficiências auditivas podem ser tratadas sem  prejuízos para a linguagem. Entretanto, o que ocorre é que a maioria dos  pais só percebe a surdez quando nota que o filho, já com três ou quatro  anos de idade, não fala”, revela Nara Lígia Luchi, fonoaudióloga da  AudiCenter, em São Paulo
“Uma das maiores conseqüências da perda auditiva se dá no  desenvolvimento da linguagem. Como a criança se encontra em um período  de aprendizado, tudo que ela recebe de sons é de extrema importância”. Antônio Douglas Menon, otorrinolaringologista do Hospital Sírio Libanês,  em São Paulo, afima que o diagnóstico precoce é muito importante: “Quanto  mais cedo os problemas auditivos forem detectados, maiores as chances  de uma reversão ou menores os impactos no desenvolvimento dessa  criança”.
Teste da Orelhinha
"Triagem auditiva neonatal", também conhecida como “teste da orelhinha”,  é um exame realizado ainda na maternidade que serve para detectar o  funcionamento do ouvido, mas os médicos alertam, pois, só o teste da orelhinha não é suficiente. “A triagem auditiva não dá o  grau de perda da audição nem aponta a causa”, observa Nara. Por isso,  outros exames mais sofisticados também devem ser considerados. “São eles  que irão mostrar o local exato e o grau da perda”, acrescenta a  fonoaudióloga. E Antônio completa: “Detectada a perda auditiva, a  criança deve ser levada para um serviço de otologia infantil e ser  reanalisada, através de avaliações clínicas e instrumentos com imagem,  dependendo da lesão”. Se houver casos de surdez na família, a criança  deve ser acompanhada durante todo o primeiro ano de vida, pois pode  desenvolver uma perda auditiva nesse período.
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http://msn.bolsademulher.com/familia/teste-da-orelhinha-56382.html